Quebrar.
Destruir para reconstruir.
Não com as mãos, menos ainda com armas, pedras ou
quaisquer outras ferramentas tangíveis, e sim com aquelas nunca
vistas, mas percebidas e adquiridas conforme a tua experiência de
vida se torna ainda mais crescente.
Destruir de dentro para fora e não de fora para dentro.
Destruir-se.
Quebrar a si mesmo em mil pedaços; não literalmente, é
claro, mas de maneira figurativa.
Triturar velhas ideias, fragmentá-las.
Transformar esses fragmentos em um grande mosaico de
novas percepções.
Quebrar tudo de novo e mais uma vez.
Processo repetitivo e reciclável.
Ligar os pontos e costurar as pontas soltas até que se
soltem novamente.
Preencher as antigas lacunas, assim como as mais novas e
as demais que surgirão futuramente, nunca desconsiderando que outras
tantas ainda serão deixadas para trás.
Preencher o vazio com a voz do silêncio pertinente
durante os intervalos necessários, sendo a melhor escolha aquela de
soltar o verbo apenas quando há algo melhor a dizer.
Tentar escrever reto por linhas tortas, quando tudo o
mais parece ser escrito torto por linhas alegadamente retas.
Eis a grande arte desenvolvida por pensadores, mesmo por
aqueles não tão famosos.
Pensar para fora e além de seu tempo.
Para fora de seu corpo.
Ideias que vivem aprisionadas em corpos e mentes, elas
tentam sair de algum modo. E para alguns, como eu, a escrita é a
grande chave libertadora.
Fazer a alma respirar.
Transformar os rabiscos e rascunhos caóticos da caixa
branca em novas ideias livres.
Limpar a caixa branca e abrir espaço para novos
rascunhos e, consequentemente, para novas ideias, ideias novas em
folha.
Ideias que podem mudar tudo... ou não.
Ideias que desafiam o suposto bom senso dos que vivem em
uma zona de conforto.
Ideias que muitas vezes não são pronunciadas, mas
sentidas no ar.
E ideias que outros tantos conceberam anteriormente, mas
poucos traduziram.
Tentar alcançar e atingir a tantos com a sua capacidade
de expressão, usando as ferramentas que possui à sua disposição
com ousadia, mas, acima de tudo, com a devida sabedoria.
Quebrar paradigmas.
Plantar a semente da reflexão em um solo supostamente
árido.
Tentar fazer isso com a sua alma expressada.
As pessoas captam as ideias à sua maneira, de acordo
com a sua visão particular, mas algo bom pode vir disso. Variações
da mesma ideia, talvez com o acréscimo de perspectivas interessantes
não consideradas anteriormente, elas surgem e levam o conceito para
frente.
Esta é a nossa grande missão, sendo ela utópica ou
não.
Quebrar.
Destruir para reconstruir.
Destruir de dentro para fora e não de fora para dentro.
Reaprender.
Transformar.
Levar o mundo e a humanidade à queda definitiva da
Torre de Babel, aquela barreira invisível que sempre dificultou a
comunicação entre os semelhantes.
Pois sonhar nunca é demais.
E querer tornar o sonho real não deixa de ser mais uma
tentativa decente de quebrar as barreiras impostas por este mundo
absurdamente concreto e sem imaginação. Os sonhadores são aqueles com o potencial de transformar o futuro.
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