quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

8. Cabo de Guerra Social



Curioso é pensar que às vezes considero que a vida adulta poderia facilitar muitas coisas que em nossa infância eram consideradas verdadeiras torturas, dilemas que por vezes deixavam a nossa mente num verdadeiro turbilhão e esmagavam os nossos tenros corações. Mas então vejo que a vida adulta nem sempre supera tais dilemas, mas apresenta variações das mesmas, como no exemplo da sociabilização.
Nem todo mundo é obrigado a ser amigo de todo mundo, é claro, e existem sociabilizações em diferentes graus, mas me chateio quando me deparo com situação semelhante a de quando éramos crianças e alguém tinha de escolher com quem andar na hora do recreio. Era mesmo chato, não era? Mas agora somos todos adultos. E ainda assim, esse problema ainda parece causar uma influência direta indireta quando se tem de decidir com quem se quer passar um momento específico em que ninguém precisa ser exclusivo em atenção, principalmente quando se envolve afetividade, do mesmo modo como esse dilema causava influência nas interações quando éramos mais jovens.
Nós apenas crescemos em idade cronológica, mas os dilemas de infância nunca nos abandonam de vez. Na verdade, ressurgem piorados.
Eu gosto de pelo menos tentar o contrário, ainda que eventualmente me veja inserido no meio deste Cabo de Guerra Social.
A nossa vida seria muito mais simples se as pessoas percebessem o quão possível (e, afinal, nem um pouco torturante) é a conexão que se cria ao serem formadas diferentes ramificações (entre pessoas distintas) a partir daquelas pessoas que elas têm em comum em suas vidas.
Não sei, mas acho que estou velho demais para rever essas mesmas cenas. O tempo passa e as coisas não parecem assim tão diferentes, afinal.

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